Notícias 18 de maio de 2018

Não espere perder alguém próximo para mudar sua atitude no trânsito

Campo Grande (MS) – A quinta-feira (17.5) poderia ser apenas mais um dia de ações realizadas no Movimento Maio Amarelo no Mato Grosso do Sul. Mas duas histórias tocaram profundamente todos aqueles que participaram do Seminário: Juventude é Vida, promovido pela Polícia Militar, em parceria com as Faculdades Facsul e FCG de Campo Grande.

Entre os participantes jovens acadêmicos e futuros policiais militares, que assim como os demais escutavam atentamente o depoimento de uma mãe e de uma irmã, que perderam seus entes queridos em uma tragédia. Tragédia essa chamada acidente de trânsito.

Cinco anos depois de perder o irmão a jornalista Aline Lira, além da emoção demonstra a indignação pela forma como a vida do seu irmão foi ceifada, pela imprudência de um motorista embriagado que invadiu a contramão e colidiu no veículo do policial Gilliard Félix da Silva. “Não foi um acidente, nem falha mecânica, foi imprudência humana, e grande parte dos acidentes são causados por imprudência. Por motoristas que insistem em desobedecer aos limites de velocidade ou praticar a perigosa misturar álcool e direção”, ressalta.

O Seminário foi realizado com o objetivo de gerar reflexões e alternativas que promovam mudanças na abordagem da temática do trânsito e no combate à mortalidade em acidentes.

Em seu discurso, o diretor-presidente do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-MS), Roberto Hashioka, lembrou que a atividade integra o Maio Amarelo, e alertou para a seriedade do tema, uma vez que, a partir de escolhas erradas, como o excesso de velocidade, a utilização de bebidas alcoólicas, e do celular ao dirigir, há muitas perdas no trânsito. “A conscientização e a educação da população é nossa principal ferramenta para diminuir os números de acidentes de trânsito. É fundamental que todos respeitem as leis”, conclui.

O Movimento Maio Amarelo é o sinal de alerta para a conscientização no trânsito. Mais do que veículos, barulho e congestionamentos, o trânsito é feito de pessoas. E as pessoas merecem respeito. São as pessoas que se ferem e muitas vezes, num ato impensado, matam no trânsito. Por isso, o alerta proposto pelo tema deste ano do Movimento Maio Amarelo: “Nós somos o trânsito”.

Em novembro de 2017, o trânsito campo-grandense fez mais uma vítima, a jovem advogada Carolina Albuquerque Machado, 24 anos. Que perdeu a vida em um acidente na principal avenida de Campo Grande, a Afonso Pena.

Na quinta –feira (17.5), sete meses após o acidente foi a primeira vez que Maria Auxiliadora Batista Albuquerque, mãe de Carolina, participou de um evento público. Sabemos que apesar de ter inúmeros motivos para continuar a caminhar a dor da perda é irremediável.  “Hoje meu coração se enche de gratidão. Gratidão pela solidariedade, gratidão pelo abraço de cada um, e principalmente pelo milagre da vida, que é meu netinho”, assegura emocionada.

Dirigir é um ato que exige comprometimento, responsabilidade, atenção e uma boa dose de gentileza. No trânsito, boas atitudes entre condutores e pedestres têm o poder de promover o respeito e a cidadania.

Estiveram presentes na abertura do mesmo, a diretora de Educação de Trânsito – Marlene Alves Nogueira Rondom, o Comandante-Geral da PMMS - Coronel Waldir Ribeiro Acosta, Comandante Do Batalhão De Polícia Militar De Trânsito - Tenente-Coronel Franco Alan Da Silva Amorim; Presidente Do Conselho Estadual De Trânsito – Cetran, Regina Maria Duarte; diretor-presidente da Agência Municipal de Trânsito de Campo Grande (Agetran) –Janine Bruno, Coordenadora do Curso de Direito da Facsul - Profª. Mestra Adriany Barros de Britto e o acadêmico do Curso De Direito e Idealizador do Seminário, Paulo Vitor Brito De Oliveira.

 


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