Notícias 12 de junho de 2020

Detran-MS apoia campanha “Fique em Casa. Mas, sem violência”, realizada pelo TJMS

O Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) está apoiando a campanha “Fique em Casa. Mas, sem violência”, realizada pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. Durante o mês de junho, os agentes de fiscalização do órgão estarão entregando panfletos nas abordagens de Operação Lei Seca e fornecendo orientações para mulheres em situação de violência.

O intuito da campanha é explicar que mulheres em situação de violência devem, por exemplo, manter contato com amigos e familiares; salvar nos contatos do celular os números dos serviços de emergência e denunciar seu agressor.
O chefe da Fiscalização do Detran-MS, Otílio Ruben Ajala Júnior, explica que como agentes de trânsito, a equipe está diariamente combatendo a questão do álcool e direção. ”O álcool é um potencializador da violência contra a mulher”, comenta.

“Muitas vezes nas nossas operações se deparamos com esse tipo de situação, aonde o condutor é abordado e ao ser identificado com alcoolemia, as parceiras tentam intervir na situação e a partir daí começam uma discussão, aonde o homem agride verbalmente sua companheira. “Já presenciamos situações que tivemos que intervir para que não houvesse agressão física”, comenta.

Ajala ressalta que como o álcool e direção não combinam a violência doméstica e o álcool também não combinam.
Conforme a coordenadora da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar em MS, juíza Helena Alice Machado, durante o isolamento social, houve um crescimento significativo de violência contra mulher. “A campanha que visa atender as vítimas que não sabem como buscar ajuda.

“Infelizmente, mesmo estando na era tecnológica, muitas mulheres que sofrem todo tipo de abuso e violência não têm acesso à informação e os meios de comunicação, principalmente as redes sociais, são a forma de alcançar esse público. Por isso pensamos em uma campanha informativa”, explicou Helena.

“O delicado e grave momento que a humanidade atravessa acentua muitos problemas familiares e o resultado é o aumento da violência de gênero. Precisamos enfrentar os problemas e ajudar quem não consegue romper o ciclo de violência. O papel social das mulheres é uma carga muito pesada a ser carregada e ela não consegue sair do relacionamento abusivo”, completou Helena.

Viviane Freitas


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