Notícias 12 de maio de 2023

Mães que inspiram: desafios de conciliar vida familiar com a carreira

Embora a data comercial seja o segundo domingo de maio, todo dia é dia das mães. Afinal de contas, a maternidade exige 100% de dedicação, seja de mães que optam por conciliá-la com a carreira ou que escolhem se dedicar integralmente à família. A verdade é que independente do caminho escolhido, maternar é uma montanha russa de emoções, uma mistura de sentimentos que só quem é mãe entende.

Marcela e Nicolas

Mãe atípica, Marcela Xaves, servidora da Diexa, afirma que se pudesse voltar no tempo, faria tudo de novo. O filho Nicolas, de 8 anos, recebeu o laudo de autismo em 2018. Até então, foram altos e baixos, incluindo a mudança de Jardim para a Campo Grande, na busca por profissionais qualificados para que o filho pudesse ter os acompanhamentos médicos necessários.

Por lei, Marcela tem redução na carga horária, o que permite que ela tenha tempo de qualidade com o filho. “Nunca pensei em sair do trabalho, pois eu tenho certeza que não conseguiria garantir para ele as coisas que consigo trabalhando”. Para ela é importante ter esse momento de se arrumar e seguir para o trabalho. "Às vezes as pessoas veem a gente só como mãe. Mas tem esse lado profissional, o lado de ser mulher, de se arrumar, estar em contato com outras pessoas e se sentir produzindo algo”.

Para ela, ser mãe é um aprendizado diário. “Um desafio diário. Se eu soubesse disso há 8 anos atrás eu faria tudo de novo”. A mensagem de Marcela para outras mães é de que sempre vai valer a pena. “Um sorriso, um beijo, um carinho, uma alegria de uma nota boa na escola, alguma coisa que a gente vê reproduzido no filho de um ensinamento seu, sempre vai valer a pena”.

No papel de mulheres que conciliam o papel de mãe, esposa, dona de casa e líder no ambiente de trabalho está a servidora Priscilla Miyahira. Sobre dar conta desses inúmeros papéis, ela afirma não existir uma receita pronta. “Acredito que tudo é questão de priorizar e equilibrar os papéis que temos. Tentando fazer um pouquinho de tudo”.

Priscilla e família

Diferente de muitas mulheres, a maternidade nunca foi um sonho de menina, porém com o casamento, isso se tornou um processo natural que ela até se emociona ao contar. “Ser mãe me transformou. Eu sou outra pessoa depois dos meus filhos. E eu tenho consciência disso. Hoje minha maior realização são as crianças. É o nosso papel mais importante, e também o mais bonito. Você formar uma pessoa, gerar, alimentar, educar, formar. A gente é exemplo, é colo, porto-seguro. Acho que não tem um papel mais bonito que esse".

No final de 2021, ela retornava da licença maternidade, quando recebeu o desafio de coordenar o Programa CNH MS Social, que está custeando todo processo para emissão da habilitação nas categorias A e B para 5 mil pessoas. Priscilla acompanha de perto todas as etapas da iniciativa, e recentemente os papéis de mãe e profissional se cruzaram, quando ela teve que fazer uma viagem para acompanhar uma das fases do programa no interior do Estado.

“Me pesou muito a questão das crianças, mas ao mesmo tempo eu tive muito suporte do David. Foi algo muito novo pra mim. A única vez que eu fiquei longe da Cecília, foi quando fui pra maternidade ter o Caio. Mas eles ficaram bem, nós mães é que temos essa preocupação”, conta.

Neste dia das mães, essas duas histórias representam a de tantas outras colaboradoras do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul) que diariamente buscam ser a sua melhor versão no desempenho de papéis a que se propõe. Ambas se abastecem no amor pelos seus filhos ao mesmo tempo que veem no trabalho e no apoio dos colegas um ponto de equilíbrio.

Mireli Obando, Assessoria de Comunicação Detran-MS

Fotos: Arquivo pessoal


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