Notícias 16 de dezembro de 2021

Plano Nacional de Redução de Mortes no Trânsito prevê 86 mil vidas salvas até 2031

O Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), assinou nesta quarta-feira (15), o Pnatrans (Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito), que prevê um saldo de 86 mil vidas salvas no trânsito, seguindo as ações propostas. A assinatura e apresentação do Plano contou com a presença do Secretário Nacional de Trânsito, Frederico de Moura Carneiro, em Campo Grande.

Com propósito de elencar 154 ações divididas em seis pilares, sendo eles: Gestão da Segurança no Trânsito; Vias Seguras; Segurança Veicular; Educação para o Trânsito; Atendimento às Vítimas e Normatização e Fiscalização, o Pnatrans traz ainda o conceito de sistema seguro, ou seja, ainda que o condutor falhe, o sistema viário, sendo ruas ou mecanismos de segurança, devem protegê-los.

“Nosso objetivo é evitar que a morte seja a consequência do acidente, implementando áreas de escape, barras de proteção e outros mecanismos de segurança e educação, já que a maioria dos acidentes está associado a falha humana. Pela integração que vi nos órgãos aqui do Estado, com certeza o objetivo será atingido”, afirmou o secretário Nacional.

O Plano se junta às ações positivas já existentes em prol da segurança no trânsito e as metas de redução do índice de mortos no trânsito, foram fixadas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para cada um dos estados da Federação e para o Distrito Federal, a partir das propostas.

Em 2019, um relatório elaborado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) apontou que cerca de 1,35 milhão de pessoas morreram no ano de 2016 em todo o mundo devido a acidentes de trânsito – o equivalente a uma morte a cada 23 segundos.

“Com essa assinatura hoje, todas as entidades relacionadas ao trânsito em Mato Grosso do Sul, se comprometem com a redução em 50% do número de mortes e lesões no trânsito dentro dos próximos dez anos. O Plano estabelece uma forma de trabalho, com ações metas e com toda uma metodologia para a gente executar e atingir esse objetivo que é salvar vidas”, pontuou a diretora de Educação para o Trânsito do Detran-MS, Elijane Coelho.

De acordo com esse relatório, que consta em publicação oficial da Senatran (Secretaria Nacional de Segurança), no período entre 2013 e 2016, houve uma redução que pôde ser observada em 48 países, no entanto, outros 104 registraram aumento.

O documento mostrou também que as lesões no trânsito são a principal causa de morte entre pessoas de 5 a 29 anos, incidindo de forma desproporcional sobre os usuários vulneráveis, os pedestres, ciclistas e motociclistas, e, principalmente, sobre as pessoas que vivem em países em desenvolvimento.

Em Campo Grande, o período entre 2011 e 2020 foi marcado por uma queda considerável no número de mortos no trânsito, 41,6%. Enquanto o primeiro ano deixou o saldo de 132 óbitos entre as vítimas de acidentes, a década chegou ao fim com 77 mortes. Os dados são do GGIT (Gabinete de Gestão Integrada do Vida no Trânsito) e revelam ainda que, este ano, ainda sem contabilizar o período referente a dezembro, o número de mortos não ultrapassou 70.

O relatório aponta ainda que entre as vítimas fatais do trânsito na Capital, os motociclistas são os que mais padeceram. Das 69 pessoas que perderam suas vidas em razão de acidentes, 46 estavam em motocicletas.

Bruna Pasche

Assinatura do Pnatrans contou com a participação do Senatran e de autoridades do trânsito de Mato Grosso do Sul.

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