Plano Nacional de Redução de Mortes no Trânsito será implementado em MS
Reduzir pela metade o número de mortos no trânsito em todo o País no período de uma década. Esse é o desafio implementado pelo Pnatrans (Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito) cujo Termo de Compromisso será assinado nesta quarta-feira (15) em Campo Grande, com a presença do Secretário Nacional de Trânsito, Frederico de Moura Carneiro e do diretor-presidente do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso do Sul), Rudel Trindade.
“Somente com ações conjuntas, integradas e coordenadas entre todos os órgãos e entidades envolvidas nesse processo da segurança no trânsito, poderemos atingir o audacioso objetivo de reduzir o número de mortes no trânsito”, afirmou o secretário Nacional.
As metas de redução do índice de mortos no trânsito, fixadas pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) para cada um dos estados da Federação e para o Distrito Federal, a partir das propostas
O Plano se junta às ações positivas já existentes em prol da segurança no trânsito, porém dá um passo adiante ao propor iniciativas pautadas em seis pilares fundamentais para o desenvolvimento das propostas, permitindo que a questão seja abordada em suas diversas vertentes: Gestão da Segurança no Trânsito; Vias Seguras; Segurança Veicular; Educação para o Trânsito; Atendimento às Vítimas e Normatização e Fiscalização.
Em 2019, um relatório elaborado pela OMS (Organização Mundial da Saúde) apontou que cerca de 1,35 milhão de pessoas morreram no ano de 2016 em todo o mundo devido a acidentes de trânsito – o equivalente uma morte a cada 23 segundos.
De acordo com esse relatório, que consta em publicação oficial da Senatran (Secretaria Nacional de Segurança), no período entre 2013 e 2016, houve uma redução que pôde ser observada em 48 países, no entanto, outros 104 registraram aumento.
O documento mostrou também que as lesões no trânsito são a principal causa de morte entre pessoas de 5 a 29 anos, incidindo de forma desproporcional sobre os usuários vulneráveis, os pedestres, ciclistas e motociclistas, e, principalmente, sobre as pessoas que vivem em países em desenvolvimento.
Em Campo Grande, o período entre 2011 e 2020 foi marcado por uma queda considerável no número de mortos no trânsito, 41,6%. Enquanto o primeiro ano deixou o saldo de 132 óbitos entre as vítimas de acidentes, a década chegou ao fim com 77 mortes. Os dados são do GGIT (Gabinete de Gestão Integrada do Vida no Trânsito) e revelam ainda que, este ano, ainda sem contabilizar o período referente a dezembro, o número de mortos não ultrapassou 70.
O relatório aponta ainda que entre as vítimas fatais do trânsito na Capital, os motociclistas são os que mais padeceram. Das 69 pessoas que perderam suas vidas em razão de acidentes, 46 estavam em motocicletas.
Vivianne Nunes