Destaque 5 de fevereiro de 2022

Detran-MS aplicou quase três vezes mais testes de embriaguez ao volante em 2021

Balanço apresentado pelo setor de Fiscalização de Trânsito do Detran-MS (Departamento Estadual de Trânsito em Mato Grosso do Sul) revela um aumento bastante significativo no número de testes de embriaguez realizados no Estado comparando 2020 e 2021. De acordo com resultados apresentados, as abordagens foram 297% maiores no ano passado, passando de 20.639 para 82.071.

Isso, de acordo com o diretor-presidente do Detran-MS, Rudel Trindade, só foi possível devido ao investimento de R$ 1,7 milhão no setor, incluindo a aquisição de equipamentos, viaturas, tecnologia e à parceria com os demais órgãos que fazem parte da Segurança Pública no Estado e nos municípios.

Com a intensificação das Operações Lei Seca em Mato Grosso do Sul, foi constado também um aumento no número de pessoas que foram flagradas dirigindo sob efeito de bebidas alcoólicas. Enquanto 2020 registrou 3.546 casos, o ano seguinte encerrou com 200 casos a mais, totalizando 3.746.

“Para nós, que trabalhamos de forma muito intensa a parte da Educação para o Trânsito e a segurança viária como um todo, esse número ainda é assustador quando imaginamos quantas vidas são colocadas em risco, quantas pessoas ficam lesionadas e quantas se perdem em acidentes causados por motoristas embriagados. Fim do ano passado nós assinamos, com o Senatran [Secretaria Nacional de Trânsito] um termo de compromisso com a missão de reduzir em 50% o número de acidentes no nosso Estado. E para que isso ocorra, vamos intensificar ainda mais as operações Lei Seca e as atividades de educação”, afirmou o presidente do órgão.

O balanço apresentado pelo Detran-MS revela que, em 2021, dos ais de 82 mil testes de embriaguez realizados, 3.386 condutores assinaram a recusa, 292 chegaram a soprar o bafômetro com resultado indicando o uso de álcool e outras 68 pessoas chegara a ser presas por essa razão, já que o índice apresentado no teste ultrapassou os 0,3 mg de álcool por litro de ar expelido, o que por si só já configura crime de trânsito.

A recusa ao teste de bafômetro não isenta o condutor das penalidades previstas pela lei e quando o mesmo não aceita o teste, na verdade ele assume que ingeriu bebida alcoólica antes de dirigir. Por esse motivo, o CTB (Código de Trânsito Brasileiro) prevê multa gravíssima no mesmo valor pago por um condutor que soprou o equipamento, R$ 2.934,70. O motorista terá a habilitação suspensa por doze meses, devendo passar por um curso de reciclagem após cumprir a penalidade para regularizar a habilitação.

Vivianne Nunes


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